Planejamento Sucessório – Por que fazer pode ser mais barato?

Quando se fala em sucessão logo vem à cabeça a morte, o fim de uma vida, o fim de um ciclo e isso faz com que as pessoas adiem em fazer o seu planejamento sucessório, por nem querer falar no assunto. Porém, quando há um patrimônio, bens, empresa, e principalmente, entes queridos, a necessidade de elaborar um ato desse tipo é de suma importância.

Além da dor da perda da pessoa que partiu, quem sucede acaba recebendo um processo para ser feito que muitas vezes não é simples, não é barato e pode acarretar em um patrimônio parado por não possuir condições de arcar com as custas.

Em muitos casos o falecido era quem possuía condição financeira maior do que os herdeiros e legatários, deixando para eles um patrimônio volumoso. A questão é que essa herança gera um alto imposto de transmissão, no qual esses sucessores não têm possibilidade de arcar com as custas de transmissão e assim o processo de inventário perdura por tempo maior que o normal.

O patrimônio parado gera custo, pois bens imóveis dependem de manutenção e pode ter despesas fixas, por exemplo, o condomínio. Com o inventário trancado os custos podem não ser pulverizados entre os herdeiros, ficando um alto encargo ao espólio ou ao inventariante. Diferente seria se acontecesse já a divisão dos bens e cada um ficasse encarregado da conservação do patrimônio recebido.

Por essa razão que o planejamento sucessório pode ser uma maneira simples de organizar as questões financeiras para quem sucede o de cujus. Há diversas hipóteses e formas de como organizar isso tudo. Podendo ser por testamento, doações, cláusulas específicas que resguardam tanto o dono do patrimônio, como o patrimônio e seus futuros herdeiros e legatários, tais como usufruto, impenhorabilidade, incomunicabilidade e inalienabilidade.

Diante da possibilidade de facilitar um eventual problema futuro, não há um motivo real contrário para não ser feito um planejamento sucessório, uma organização patrimonial ou até mesmo um planejamento de casal, termo atualmente utilizado, a não ser pelo medo de se falar sobre o assunto morte.